quarta-feira, 5 de julho de 2017

As vezes você pensa que nunca mais irá sentir borboletas em seu estomago voando


"As vezes você pensa que nunca mais irá conseguir encontrar aquele sentimento que lhe conforta e ao mesmo tempo lhe aflige, que nunca mais irá sentir borboletas em seu estomago voando desorientadamente procurando uma frecha para que possam sair-e-serem-livres. Você pensa que nunca mais irá amar, que nunca mais encontrará aquela pessoa que lhe encante e fascine. E então, de repente, sem avisar nem titubear, a chama acende, o calor inflama e o ardor se desperta. É como uma auto-declaração de ‘pane’, seu sistema entra em curto-circuito e a única coisa que resta é esperar as sirenes do alarme se amenizarem. A saudade, que antes não passava de uma palavra vaga, se torna um dilúvio de sentimentos alagados e infinitos. Você dorme pensando no punhado de estrelas que existem no céu e acorda com um medo frequente, medo de não ser suficiente, medo de não ser reciproco, medo de sentir. Você caminha sem rumo, com olhar de vazio, mas ainda mantem as esperanças e o sol lhe acompanha lentamente à medida que anda. Afinal, a vida começa agora."

- Um dia, três outonos. Gabriel Mariano

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