terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Até quando vou sustentar a órbita de todos os planetas do meu universo?



Eu paro e choro. Como cansa ser de aço, eu que tenho a fragilidade da flor. Como cansa dar conta de vários mundos, várias responsabilidades, várias eu. Eu choro e tenho medo. A menina se tranca sozinha num quarto escuro com a cabeça dentro das pernas, assustada. Ninguém vê! O sorriso esconde as lutas, os fracassos, o cansaço. Eu tenho medo e desabo. A fé me dá a força que quis ir embora faz tempo. Eu estou exausta. Inerte. Assustada. Crer foi o dom que Deus me deu desde que abri os olhos nesta vida. Crer foi o alicerce de todas as minha vitórias. Até quando vou sustentar a órbita de todos os planetas do meu universo? E se o braço ceder? E a perna tremer? Mas ainda estou de pé. Será que posso alguns dias ser salva, ao invés de só salvar? Ser sozinha te faz gigante, mesmo sem querer ser, mesmo querendo ser pequena, querendo colo. Você aprende a ser forte na marra. Você aprende a acreditar, a enxergar a luz na escuridão, pra não se perder, pra não enlouquecer. Você escolhe crer, crer e crer, pra sobreviver.
Rachel Carvalho

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