segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Enfeite-se com margaridas e ternura e escove a alma com leves fricções de esperança.


Ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie
de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternura e escove
a alma com leves fricções de esperança.
De alma escovada e coração estouvado,
saia do quintal
de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para
quem passe debaixo da sua janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos
e beba licor de contos de fada.
Ande como se o chão estivesse repleto
de sons de flauta
e do céu descesse uma névoa de borboletas
cada qual trazendo uma pérola falante
a dizer frases subtis
e palavras de galanteria,

Artur da Távola

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