segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Colecionando lembranças



Sofro por causa do meu espírito de colecionador-arqueólogo. Quero pôr o bonito numa caixa com chave para abrir de vez em quando e olhar."

[Adélia Prado]

Não se automedique, nem aconselhe medicamentos a ninguém, procure um médico! O MESMO MEDICAMENTO NÃO SERVE PARA TODOS!


Piadinha...

Um jovem médico, viajando de carro, percebeu que estava ficando sem combustível.Entrou num vilarejo e dirigiu-se a um posto de gasolina para abastecer o carro. Não viu uma viva alma no posto e, apesar de buzinar várias vezes, ninguém vinha atendê-lo.

Finalmente apareceu um rapazinho que lhe disse:

- Não adianta buzinar, porque o posto está fechado; a filha do dono morreu ontem e todos estão no velório.

O jovem médico pensa uns segundos e chega à seguinte conclusão:

- Se não posso prosseguir e não sei a que horas irão retornar, vou até ao velório também, já que não posso fazer mais nada. Lá chegando, aproxima-se do caixão por mera curiosidade, e de repente, observa algo extremamente raro. Chama o pai da 'falecida' e diz-lhe:

- Olhe, sou médico, a sua filha não está morta, está em estado catatônico; parece morta, mas está viva!

O pai, nervosíssimo, pergunta:

- O Sr. pode fazer alguma coisa?

O jovem médico, explica-lhe que há uma possibilidade, embora remota, de trazê-la à vida.

Para isso, teriam que submetê-la a uma sensação muito forte.

Pergunta então ao pai: - A sua filha tinha namorado?
Embora estranhando a pergunta, o pai respondeu sim, e que ele se encontrava presente.

Bem, disse o jovem médico, então tirem o corpo do caixão, levem-no para uma cama junto com o namorado e deixem que eles façam sexo.

Ainda que com algumas reservas, o pai dá ordens para que seja feito tudo o que o doutor disse, mas pede para que ele fique, a fim de comprovar o 'resultado'.

Passadas quatro horas abre-se a porta do quarto e, como por um milagre, a moça aparece vivinha da silva!

Foi uma grande alegria para todos, que logo programam uma festa e convidam o jovem doutor.

Este se desculpa, alegando que tem de ir visitar um familiar que se encontra doente, mas promete passar pela aldeia na viagem de regresso.

Tanque cheio, o médico prossegue sua viagem.

Passados 15 dias ele regressa e decide cumprir o que prometera: passar pela aldeia para ver como estava a jovem
ex-defunta.

Ao chegar ao posto, avista o mesmo rapaz, que desta vez esta ali tomando conta do negócio.

Assim que reconhece o doutor, o rapaz corre desesperado ao seu encontro e lhe diz:

Graças a Deus que o senhor voltou! Não sabíamos como encontrá-lo e estávamos a sua espera!

O Sr. Engrácio, pai da menina que o senhor salvou, morreu há 10 dias!

Metade do vilarejo já comeu o velho, mas nada do homem ressuscitar!

MORAL DA HISTÓRIA:

O MESMO MEDICAMENTO NÃO SERVE PARA TODOS!

Não se automedique, nem aconselhe medicamentos a ninguém, procure um médico!

Quando a espera é demais...


Todas as vezes que esperamos um favor em troca, um agradecimento,um elogio ou uma recompensa começa a se formar em nossa vida um palco para muitas frustrações".

Teco Nicolau

Pensa em tudo que já foi feito ... A vida não pode ser rebobinada como uma fita...Apenas assista novamente de fora, cada pedaço, cada momento. Não se ausente!

Pensa em tudo que já foi feito e acredite em seu roteiro. Se teve dias de sol e noites nubladas, não importa. A vida não pode ser rebobinada como uma fita e cada personagem e cena teve o seu lugar na história. Não descarte as emoções sentidas nem menospreze as atitudes escolhidas. Apenas assista novamente de fora, cada pedaço, cada momento. Não pause sua vida porque em algum capítulo o roteiro não te agradou, há ainda muitas cenas por vir. Se no seu presente existem lembranças do passado, saiba que foi o seu passado que construiu seu presente. Não se ausente!


Fernanda Gaona

E se fossemos além, só um passo à frente? Ainda seriamos os mesmos.!!!??



E se fossemos além, só um passo à frente?
Se fossemos mais fundo, somente um pouco a mais do que já fomos?
E se olhássemos além do que vemos, apenas alguns segundos, olhos nos olhos daqueles olhos que desviamos?

Se abandonássemos o caminho dos pés, que por vezes nos fazem tropeçar?
E se déssemos ouvidos aos lugares comuns ouvidos na infância?
E se ouvíssemos um segundo a mais, antes de formar a cega resposta que mais tarde será a causa da dor?

E se ao invés do primeiro, nos permitíssemos chegar em segundo, terceiro ou outro lugar em qualquer lugar que fosse?
Se o que valesse fosse apenas chegar, e chegando festejar, e festejando sorrir, e sorrindo abraçar quem nunca desejamos.

E se mudando de caminho, nos encontrássemos a nos mesmos, á margem, com todos os velhos sonhos, músicas, e amigos?
De que tamanho seria a dor se percebêssemos que estamos longe do que fomos?
Que nossos pés nos enganaram e nossos olhos mentiram?

Se repentinamente, buscássemos as diferenças?
Se os dentes afiados se transformassem em beijos de boas vindas?
Se escolhêssemos aprender sem dor?
Ainda seriamos os mesmos.

Adriel Gennaro

"Vamos deixar para sofrer pelo que é realmente trágico, e não por aquilo que é apenas um incômodo, senão fica impraticável atravessar os dias"



Faço menos planos e cultivo menos recordações. Não guardo muitos papéis, nem adianto muito o serviço. Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível. Canso menos, me divirto mais!




Martha Medeiros

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Apenas um caminho. O mesmo de sempre. Assim, poupe-se. Apenas caminhe.



Apenas um caminho. O mesmo de sempre. Os dígitos mudam e o caminho permanece intacto. As humanas celebrações nos remetem para trás, para frente, para dentro de nós e por fim o olhar é atraído para o alto. É assim que funciona para aqueles que aprendem dependência.

O desacerto, o sonho, a meta, a promessa, tudo se converge no caminho, e este, é trilha individual do ser. Não por ser solitário, mas por ser vital a solidão nEle. No final das contas, o que conta, é o seu próprio caminho em meio a incontáveis outros. É singular. Um escolhe ser ilha, outro escolhe ser imã. Um não suporta a crise e se rende ao choro angustiado da decepção. Outro enxerga o quadro multicor e desenrola-se em som de alegria, mesmo que seja apenas ruído passageiro.

O salmista fala de caminho que para ele é vida. Fala de entrega e confiança, fala de descanso e espera, mas não fala de futuro. Porque o caminho não é o desconhecido, mas é chão. E sendo chão, tem de ser pisado com pés que confiam. Tem de ser trilhado com passos de descanso na Verdade que não trilha os mesmos caminhos que nós, nem em nós os mesmos caminhos. São altos, sempre mais altos do que o alto pode conter.

O fato é que só descansa quem aprende a entregar. E só aprende a entregar, aquele que confia, sendo que só confia quem O conhece. É tudo sobre Ele. tudo sobre Sua suficiência e bondade. O que for fora disso não é caminho, não é nEle, e se revela em ansiedade, orgulho, perversão e rebeldia. Tudo o que é, quando o caminho não é dEle e para Ele.

Hoje e só hoje que é chão, se preciso for, quero desfazer minhas metas. Quero “des-sofrer” as perdas não vividas que vislumbro. Quero despalpitar a ansiedade vazia dos pés da descrença ao me jogar em caminhos ilusórios que eu mesmo crio. Quero o descanso fluente em toda a jornada. Quero aprender a entrega do passo de agora. E nesta entrega mais sútil e despretenciosa, aprender a confiança. Não a confiança de lábio e canção, mas aquela de vida e verdade, que só se tem quando verdadeiramente se conhece no Caminho.

Não o conhecer abstrato das vozes que me contam ou das letras que me encontro. O conhecer que me faz um. Um nEle e um com Ele no mesmo caminho. Esta é a cura para minha inveja, meu egoísmo, minha inadequação e auto-suficiência. O antídoto contra minhas indignações adolescentes de quem nunca verdadeiramente aprendeu a caminhar em paz.

nEle, que é sempre Caminho no caminho, quero os tombos de criança, o sorriso ao lado, a dependência que estica o braço para estar junto, o incansável pedido de cansaço e mimo: “Papai, me pega no colo”. Porque se assim não for, de outro modo qualquer, jamais o será.

Cada passo um recomeço de fé. Cada canção um abrir-se para o novo. Cada verso um re-encantar-se com o Eterno permitindo que Ele escreva, em Sangue e Paz, cada nova página da Graça em mim. Vou conhecê-Lo mais, e sempre mais, e prosseguir no mesmo Caminho.

Assim, poupe-se.

Apenas caminhe.

Felipe Tonasso

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.



É tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, com um sorriso de orelha a orelha, vivendo bem, vestindo roupa de marca, frequentando lugares badalados, e ninguém, ninguém mesmo suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros. Será que essa história de que 'vai passar' é realmente verdade? porque eu confesso, venho escutando isso de todos os amigos e familiares a muito tempo e tudo o que vejo são dias e mais dias correndo diante dos meus olhos, e nada, absolutamente nada de positivo acontece. Não há nada pior do que se sentir sozinha no meio de várias pessoas. E se for para ter esses amigos que estam ao meu lado por algum tipo de interesse, se for para tá entregando a minha confiança ou chorando no ombro de alguém por pura pena ou para ser chamada de coitadinha, é melhor que seja assim. O que eles iriam me acrescentar? um momento passageiro de alivio, um sorriso de lado meio timido... e depois? quando eu me deitar no travesseiro, quem vai puxar meu saco ou sentir dó de mim? Cá pra nós, Antes só que mal acompanhado. Eu enjôei daquelas pessoas medíocres, sabe aqueles do tipo: saí com fulano, comi e bebi até vomitar, fui para aquela boate chiquérrima, comprei uma calça jeans na loja mais cara (...) ah! escolhendo os namorados pelo tipo de carro! puts! ganhar vantagem? querer aparecer? o que isso se chama mesmo? [...] O que me mata é visitar o orkut das pessoas, e ver depoimentos do tipo: te conheci a pouco tempo mas já te amo.. ou até mesmo: confio em você de olhos fexados, apesar do pouco tempo.. Fala a verdade, você contaria algo que te envergonhasse a alguém que conheceu há 'pouco tempo' ? e o amor? o amor se rebaixou de tal forma que hoje em dia se conhece em uma noite e na outra já é o homem da sua vida! Tá certo que eu não tenho nada a ver com isso, mas os meus valores ficam de queixos caídos nessas horas, e é de forma involuntária, eu juro. Errado você que acha eu só tô cansada de ficar correndo atrás de um amor não-correspondido, de uma amiga que ficou com o carinha que eu gostava. Nada disso, carinhas aparecem em todas as esquinas e amigos então? falsos ou verdadeiros, todo dia surgem novos. Mas eu me cansei DISSO. Cansei de todas as pessoas falsas e ainda faço esforço para acreditar nas que se dizem verdadeiras. Porque hoje em dia, no mundo que estamos, a pessoa que coloca o pé para você cair, é a mesma que dá a mão para te levantar logo em seguida. Ou virse e versa, como acontece na maioria das vezes. Isso me enoja. Eu não quero mais me humilhar pedindo atenção, nem quero obrigar as pessoas a gostarem de mim... Eu vou continuar me sentindo sozinha no meio de várias pessoas. Pessoas com algum tipo de interesse, com pena, e me chamando de coitadinha pelas costas. Silêncio. Nada mais que o silêncio. Ele é capaz de aliviar qualquer dor. E eu? eu já tenho uma coleção de textinhos de incentivo, ditos sempre e pelas mesmas pessoas para mostrar um pouco de interesse nos meus problemas chatos e que não acabam nunca. Daquelas do tipo: É assim mesmo, eu já passei por isso. Vai passar. Então eu viro novamente e me pergunto: Será que essa história de que 'vai passar' é realmente verdade?

Caio Fernando Abreu

Sou dessa leva de gente que tem como sina ver demais. Sentir demais. Amar quase do tamanho do amor.



Sou dessa leva de gente que tem como sina ver demais. Sentir demais. Amar quase do tamanho do amor. Traço de nascença, uma estranha dádiva que, durante temporadas, pra facilitar a própria vida, egoísmo que seja, a gente tenta disfarçar de tudo que é maneira que aprende. Mas não tem jeito, nunca terá, nascer assim é irremediável, o que é preciso é desaprender o medo.

Por tudo o que é mais sagrado nesse mundo e em quaisquer outros que não tenho certeza se existem, mas suspeito, muitas vezes eu desejei não ver tanto. Criança, quando senti isso sem saber palavras, inventei minha miopia. Não adiantou: o encurtamento dos olhos é só do lado de fora, por dentro eu vejo muito comprido. Alguns sentem vida, sentem beleza, sentem amor, com doses de conta-gotas. Eu, não: é uma chuvarada dentro de mim.

Que os sensíveis sejam também protegidos. Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências. Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra. Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano. Todos os que propagam a bondade. Todos os que amam sem coração com cerca de arame farpado. Que sejam protegidos todos os poetas de olhar e de alma, tanto faz se dizem poesia com letras, gestos, silêncios ou outro jeito de fala. Que sejam protegidos não por serem especiais, que toda vida é preciosa, mas porque são luzeiros, vez ou outra um bocadinho cansados, no escuro assustado e apertado do casulo desse mundo.


[Ana Jácomo]

Tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais...



Dor não tem nada a ver com amargura.
Acho que tudo que acontece
é feito pra gente aprender cada vez mais,
é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável.
Cada dia mais rica de humanidade.


[Adélia Prado]

Dedo na ferida alheia



Não ponha o dedo na ferida alheia. Só ponha o dedo na ferida alheia, se na ponta dele levar o remédio que cura. (Lourival Lopes) " ...

Minha alma está de joelhos.



Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos.

Victor Hugo

“Em caso de pânico interior, feche os olhos, respire fundo, e pense em alguma coisa bem diferente daquilo que está vivendo.” (Paulo Baleki)



Você ganha forças, coragem e confiança a cada experiência em que você enfrenta o medo. Você tem que fazer exatamente aquilo que acha que não consegue.

(Eleanor Roosevelt)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu te amava sem me importar com o que você fizesse. Agora não importa o que você faça eu não te amo mais.



Há várias formas de se estar presente. Você me ocupa inteiro e ainda assim há tanto espaço vazio. Quando quis te esquecer eu só quis me reerguer. Você não me amou e eu terei que não te amar. Tão tênue linha entre a vingança e a reciprocidade. Eu te amava sem me importar com o que você fizesse. Agora não importa o que você faça eu não te amo mais. Tão perigosa proximidade do amor incondicional e da indiferença. Reflete coração sobre quem em ti habita e convida à uma nova moradia quem tua esperança sufoca. Você habitou tanto tempo os meus sonhos. Você foi por tanto tempo o meu destino e eu sequer consegui ser o seu caminho. Passamos do tempo de dar o passo. Vou ter que reescrever a nossa história e não buscar sentido no que bem sei o motivo. Poderíamos ter engolido o orgulho e voltado aos dias que não eram assim. Eu fui sem me explicar. Você ficou sem estar. Mas nem meus dois olhos que brilhavam como um farol que poderia ser visto da mais longa distância não brilharam o suficiente para te fazer voltar. Mas o fim mesmo, o fim se deu quando você deixou de me inspirar, se você não vinha, se eu não te via quais palavras alimentariam esse monstro feroz do amor que ainda me arranca o peito? Você não voltou. Eu deixei de dar de comer à esperança. É, eu sei, não direi que te amei. Você estava ocupado demais tentando fingir que nada aconteceu enquanto eu tentava te esquecer. Falhamos em amar quando desistimos de nos perdoar. E falhamos mais ainda quando fingindo fugimos e esquecemos de me libertar de nós.

Ruleandson do Carmo

Tudo misturado..



Você lê e sofre. Você lê e ri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepíos. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido.

Caio F

O que te faz chorar mais: a TRAIÇÃO OU A MORTE DO SER AMADO?

O verdadeiro amor não trai...
Não magoa, não faz sofrer...
É como um cais seguro...
Conforta e impulsiona a viver!
Amor é um sentimento tão nobre
que desconhece a frieza da traição.
O verdadeiro amor é honesto!
O verdadeiro amor não trai...Jamais!

"Amor não correspondido"... O mais cruel... aquele que quase mata suas vitimas.



"Comprovei que tudo que já foi escrito sobre o amor é verdade. Shakespeare disse: "as buscas terminam com o encontro dos apaixonados". Que idéia maravilhosa!! Pessoalmente, eu nunca passei por nada parecido com isso. MAs estou convencida de que Shekespeare já. Suponho que penso no amor mais do que deveria; me admira o grande poder do amor em alterar e definir as nossas vidas. Shekespeare também disse que o amor é cego. Isso sei que é verdade.
Para alguns, sem explicação, o amor se apaga. Para outros o amor se vai.. ou brota quando menos se espera, mesmo que seja só por uma noite.
No entanto, existe outro tipo de amor. O mais cruel... aquele que quase mata suas vitimas. Chama-se "amor não correspondido". E nesse tipo, sou experiente. A maioria das histórias de amor falam das pessoas que se amam mutuamente. Mas, o que acontece com os demais? E as nossas histórias? Aqueles que se apaixonam sozinhos? Somos vitimas de uma relação unilateral. Somos os amaldiçoados dos amantes, somos os não amados. Os mortos vivos, os deficientes sem estacionamento reservado..."
do Filme-O amor não tira férias

COMO SE FOSSE A ÚLTIMA VEZ...…



Separação
"Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegarà porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso,onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.

Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa. Lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação.

Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.
Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos.
Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.
De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde..."

Vinícius de Moraes

Admito que perdi...Passou. Parou de doer, de sufocar. Parou de roubar meus instantes. Parou de me invadir junto às tardes.Curiosa a vida, não?


Admito que perdi
Passou. Parou de doer, de sufocar. Parou de roubar meus instantes. Parou de me invadir junto às tardes. Parou de me querer inteira quando eu só podia ser metade. Parou de exigir que eu fizesse alguma coisa. Parou de rir de mim. Parou de me perseguir. Parou de me jogar na cara o que eu não queria saber. Parou de me querer poeta quando eu só conseguia ser cronista. Parou de me alcançar no Leblon, em frente ao mar, ou na Paulista, na mesa de um bar . Parou de gravitar em minha órbita.
Assim como quem dorme acompanhado numa noite de inverno e acorda sozinho numa manhã de verão e nem percebe a mudança de estação, despertei.
Não foi preciso abrir a janela. Não foi preciso espreguiçar. Foi preciso, apenas, perdoar. Mais que isso! Foi preciso admitir que perdi.
E aquele perdão não era outra coisa senão perdão a mim mesma. No dia em que entendi isso e consegui alcançar com a ponta dos meus dedos e o som das minhas lágrimas a ilusão maior que me perseguia, passou. Sarei de uma vaidade que parecia incurável.
Mas como nunca soube dosar nada, fui envenenada pelo o antídoto que me curou - percebi que meu perdão me tornou soberana e caí nas garras da soberba e do orgulho de pertencer a mim mesma.
Curiosa a vida, não?
A vaidade que alimentava minha ilusão maior, hoje alimenta a maior de todas as ilusões: a de que pertenço a mim mesma e que mereço ser minha."

Mônica Montone

A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.




O momento novo
"Igualzinho ao que acontece com todas as pessoas, num trecho ou outro da estrada, eu já senti tanta dor que parecia que os golpes haviam me quebrado toda por dentro. Não sabia se era possível juntar os pedaços, por onde começar, nem se o cansaço me permitiria movimentos na direção de qualquer tentativa. Quando o susto é grande e dói assim, a gente precisa de algum tempo para recuperar o fôlego. Para voltar a caminhar sem contrair tanto os ombros e a vida. Um espaço para a gente quase se reinventar.
O tempo passa. O fôlego retorna. Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega."

Ana Jácomo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A história mais difícil de escrever é a nossa própria, complexa, obscura, inocente ou perversa – bem mais do que são as narrativas ficcionais.



Brinquei muito tempo com a idéia de dizer “sim” ou “não” a nós mesmos, aos outros,
à vida, aos deuses, como parte essencial dessa escrita de nosso destino
– com os naturais intervalos de fatalidades que não se podem evitar,
mas têm de ser enfrentadas.
Acredito em pegar o touro pelos chifres, mas vezes demais fiquei simplesmente deitada e ele me pisoteou com gosto. Afinal, a gente é apenas humano.
Nessa difícil história nossa, dizer “sim” ao negativo, ao sombrio,
em lugar de dizer “sim” ao bom, ao positivo, é o desafio maior.
Pois a questão é saber a hora de pronunciar uma ou outra palavra, de assumir uma ou outra postura. O risco de errar pode significar inferno ou paraíso.
Também descobri (ou inventei?) isso de existir um ponto cego da perspectiva humana,
em que não se enxerga o outro mas apenas um lado dele:
seu olho vazado, sua boca cerrada, seu coração amargo. Sua alma árida, ah…
O ponto cego das nossas escolhas vitais é aquele onde a gente pode sempre dizer “sim” ou “não”, e nossa ambivalência não nos permite enxergar direito o que seria melhor na hora:
depressa, agora. O ponto mais cego é onde a gente não sabe quem disse “não” primeiro.
E todos, ou os dois, deviam naquele momento ter dito “sim”.
Viver é cada dia se repensar:
feliz, infeliz, vitorioso, derrotado, audacioso ou com tanta pena de si mesmo.
Não é preciso inventar algo novo.
Inventar o real, o que já existe, é conquistá-lo: é o dom dos que não acreditam só no comprovado, nem se conformam com o rasteiro.
Nosso drama é que às vezes a gente joga fora o certo e recolhe o errado.
Da acomodação brotam fantasmas que tomam a si as decisões:
quando ficamos cegos não percebemos isso,
e deixamos que a oportunidade escape porque tivemos medo de dizer o difícil “sim”.
O “não” é também um ponto cego por onde a gente escorre para o escuro da resignação.
O ponto mais cego de todos é onde a gente nunca mais poderá dizer “sim” para si mesmo.
E aí tudo se apaga. Mas com o “sim” as luzes se acendem e tudo faz sentido.
Dizer “sim” a si mesmo pode ser mais difícil do que dizer “não” a uma pessoa amada:
é sair da acomodação, pegar qualquer espada – que pode ser uma palavra, um gesto,
ou uma transformação radical, que custe lágrimas e talvez sangue – e sair à luta.
Dizer “sim” para o que o destino nos oferece significa acreditar que a gente merece algo parecido com crescer, iluminar-se, expandir-se, renovar-se, encontrar-se, e ser feliz.
Isto é: vencer a culpa, sair da sombra e expor-se a todos os riscos implicados,
para finalmente assumir a vida.
Fazer suas escolhas, assinar embaixo, pagar os preços…e não se lamentar demais.
Porque programamos o próprio destino a cada vez que,
num tímido murmúrio ou num grande grito, a gente diz para si mesmo: “Sim!”

Dizer "sim", dizer "não" - Lya Luft

É sempre fácil identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros...


É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!...
É sempre fácil - É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!...



Desconhecido

Existem portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las.




Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem. Inábeis com a paisagem aos poucos revelada, às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as novidades, por mais libertadoras que sejam. É em vão. Impossível devolver a linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos. Existem portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las. Da estreiteza à expansão. Da semente à flor. Do casulo às asas, ensinam as borboletas.


Ana Jácomo

A palavra é uma roupa que a gente veste.



A palavra é uma roupa que a gente veste.
Uns gostam de palavras curtas.
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.
Alguns usam palavras raras.
Poucos ostentam caras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.
A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem e fingem que não.
E tem quem nunca usa a roupa certa pra ocasião.
Tem os que se ajeitam bem com poucas peças.
Outros se enrolam em um vocabulário de muitas.
Tem gente que estraga tudo que usa.
E você... com quais palavras você se despe?

Viviane Mosé in “ Toda palavra”

Presidio X Trabalho… E quem disse que presídio, trabalho e faculdade não se comparam?? Mais é claro que sim!!



Presídio..... Você passa a maior parte do tempo numa cela 5x6m.
Trabalho..... Você passa a maior parte do tempo numa baia 3x4m.

Presídio..... Você tem 3 refeições por dia.
Trabalho..... Você só tem o horário de almoço

e tem que pagar por ele.

Presídio..... Você é liberado por bom comportamento.
Trabalho..... Você ganha mais trabalho com bom comportamento.

Presídio..... Um guarda abre e fecha todas as portas para você.
Trabalho..... Você deve abrir as portas,

isso quando não e barrado pela
segurança por ter esquecido o crachá.

Presídio..... Você assiste tv e fica jogando.
Trabalho..... Você é demitido se assistir tv e jogar.

Presídio..... Você pode receber a visita de amigos e parentes.
Trabalho..... Você não tem nem tempo de falar com eles.

Presídio..... Todas as despesas são pagas pelo contribuinte.
Trabalho..... Você tem que pagar todas suas despesas,

e ainda paga impostos e
taxas deduzidas de seu salário para cobrir despesas dos presos.

Presídio..... Algumas vezes aparecem carcereiros sádicos.
Trabalho..... Eles tem um cargo específico - Gerente.

Presídio..... Você tem todo o tempo para ler piadinhas de e-mail.


Trabalho..... Se te pegarem.....


TEMPO DE PENA No presídio, eles saem em, no máximo, 15 anos.
No trabalho você tem que cumprir 35 anos, e não adianta ter bom comportamento. Isso senão mexerem na idade mínima para aposentadoria….

Escolha o tamanho da sua cruz!!!!



Cláudio vivia reclamando da vida, dizia que já não agüentava mais tanto sofrimento, contas para pagar, aluguel, comida, ônibus lotado e etc...

Um dia no meio de suas reclamações, apareceu-lhe Deus e disse:
Cláudio porquê reclamas tanto da vida ???

E ele, meu Deus não agüento mais esta minha cruz, ela é muito pesada para mim.

Então Deus pensou um pouco e disse: Bom apesar de reclamar muito da vida, você tem sido um bom homem, então vou deixar que você escolha a cruz que deseja carregar...

Cláudio ficou muito contente...

Deus então mandou Cláudio entrar numa sala e escolher a cruz que achasse melhor...

Cláudio entrou na sala e ficou olhando para cada tipo de cruz que havia na sala, desde uma gigantesca até uma pequenina no canto da sala.

Então Cláudio que não era bobo, correu e agarrou a pequena e gritou para Deus...

Pronto já escolhi !!! Eu quero esta pequenina aqui !!!!

Deus então mandou Cláudio olhar atrás da cruz e ler em voz alta o nome que estava gravado nela.

Cláudio, virou-a e viu seu nome gravado nela...

Moral da História: Temos a mania de transformar uma simples garoa em uma tempestade...

PARE !!!
REFLITA A RESPEITO DOS PROBLEMAS,
E ENTÃO VOCÊ ENCONTRARA
A MELHOR SOLUÇÃO PARA SEU PROBLEMA.....
A sua cruz é do tamanho que você precisa!
Autor desconhecido

Em busca da pessoa perfeita.

Houve um homem que saiu pelo mundo em busca da mulher perfeita.
Após 10 anos de busca, resolveu voltar a sua aldeia.
Encontrando um velho amigo, este lhe perguntou:
- Encontrou a mulher perfeita nas suas andanças?
O homem respondeu:
- Ao sul encontrei uma mulher linda, seus olhos pareciam duas pérolas,
seu cabelo era da cor da asa da graúna, seu corpo o de uma deusa.
O amigo, entusiasmado, perguntou:
- E então, cadê sua esposa?
- Infelizmente era não era perfeita, pois era muito pobre...
Aí, fui para o norte e encontrei uma mulher que era a mais rica da cidade.
Não tinha nem noção do poder e dinheiro que tinha.
O amigo: - então essa era perfeita.
Não, respondeu o homem. Tinha um defeito.
Nunca ví criatura mais feia em toda minha vida...
Finalmente, ao sudeste, conheci uma mulher encantadora.
Sua beleza era de ofuscar meus olhos, e tinha muito dinheiro.
Era perfeita.
- Então você se casou com ela, não é amigo?
Não. Porque, infelizmente, ela também procurava o homem perfeito.

Lembre-se:
A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomaciasem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avaro.
A docilidade sem amor, te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz fútil.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor,
te faz introvertido e sem propósito.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor, te deixa fanático.
A cruzsem amor se converte em tortura.
A vida sem amor...não tem Sentido!


[Autor desconhecido]

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio...E eu que pensava que não ia me apaixonar



E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida

Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero


(Marisa Monte / Não vá embora

Todo homem deveria nascer com trinta e cinco anos feitos



“Aos dezoito anos o homem não sabe nem dizer bom dia a uma mulher. Todo homem deveria nascer com trinta e cinco anos feitos”.
(Nelson Rodrigues)

Responda honestamente a você mesma: Você gosta incondicionalmente de você? É feliz na sua vida como ela está?Faz todas as coisas que lhe fazem bem? Procura tomar sempre decisões em favor de sua felicidade?



Logicamente que a maioria das respostas será "não". Se uma pessoa não se ama, não procura fazer sua própria felicidade, não conseguirá jamais amar verdadeiramente outra pessoa. Como pode dar algo que não tem?

Uma pessoa pode dizer que ama outra pessoa, mas o que acontece é que ela deve estar apenas apaixonada e paixão é bem diferente de amor, deve estar querendo amor de verdade, mas não consegue.
Dentro da aura de cada um existe um campo magnético que produz o magnetismo do amor.

Quando a pessoa se ama de verdade, esse campo magnético começa a irradiar um fluxo de energia especial, que se expande sobre todas as pessoas de seu convívio, até mesmo alguém que você não conheça, quando se lhe aproxima sente um calor ou um sentimento de amor, sente vontade de ficar ao seu lado, de conversar, estreitar laços de amizade.

Este encontro magnético acontece porque existe em você um fator de atração do Amor Próprio, e este só acontece quando alguém irradia telepáticamente e, logicamente, só conseguirá irradiar esta energia se realmente o estiver sentindo.

É por esta razão que muitas vezes algumas pessoas não se sentem bem ao lado de outras, e, dependendo da situação, considerando a falta de conhecimento, é comum pensarem que essas outras podem estar "carregadas" . Elas não estão carregadas no sentido literal da palavra; o que acontece é que estão sem nenhum Amor Próprio e, desta forma, irradiam ao espaço esta sensação de negatividade.

Uma pessoa que não se ama não está preparada para atrair a pessoa certa no amor e, quando atrai alguém, certamente será a pessoa errada e futuramente verá o erro que cometeu. Muitos querem encontrar a sua verdadeira Alma Gêmea, mas como, se não existe o principal dentro dela?

Toda pessoa que não se ama, pelo seu magnetismo pessoal, acaba atraindo também pessoas com mesma característica, e, devido a esta atração começam a acontecer problemas em relação à afetividade. Acabam sempre dividindo mágoas e ressentimentos.

Nunca poderemos dar amor, ou sermos amados verdadeiramente, se não formos os primeiros a fazê- lo. E para isso precisamos aprender a nos nos dar amor.






Os Mandamentos da Auto Estima



Quem se ama de verdade evita pensar ou vivenciar o passado triste e, quando se lembra, mentaliza apenas como experiência para sua evolução, vê de forma fria e natural tudo o que aconteceu no passado, procura tirar proveito dos acontecimentos do passado.

Quem se ama de verdade, mantêm o controle emocional para não deixar as calúnias, palavras ofensivas e desarmonias caírem sobre a sua Aura.

Quem se ama de verdade não espera ser compreendido, prefere compreender as pessoas de um modo geral, mantêm-se de bem com a vida e não se preocupa com a opinião alheia.

Não dá ouvidos às críticas, para que elas não evoluam.

Quem se ama de verdade não guarda raiva, rancor ou ressentimento, vê tudo a sua volta como se fosse um processo de auto-conhecimento, está sempre disposto a perdoar e compreender em qualquer situação.

Quem se ama de verdade não aceita sugestões negativas, policia seus pensamentos e procura analisar cada um.

Quem se ama de verdade não se magoa, não fica chorando quando é magoada. não se entristece por qualquer razão, não perde o controle em qualquer situação e não se deixa levar por qualquer situação negativa.
Quem se ama de verdade não tem medo da morte, das doenças, da pobreza ou falta de dinheiro, não sente medo, não se apega a nada.

Quem se ama sente coragem e segurança de sempre recomeçar, se for necessário, sem medo do desconhecido.

Danielle Oliveira

Como pode, menina, me diz? Como você ainda acredita nessas coisas? No quê?


Como pode, menina, me diz? Como você ainda acredita nessas coisas? No quê? Você sabe: nas pessoas, no amor, num amanhã melhor do que o hoje. Te vejo suspirando pelos cantos, traçando planos mirabolantes, jogando palavras ao vento, e me pergunto como você consegue, de onde você tira tanta determinação? Deve ser algum tipo de predestinação, alguém um dia decidiu que você carregaria esse peso sobre os ombros: ser uma sonhadora. E você se apoderou do título. Teu sonho conduz tua vida, direciona teus passos, molda teu caminho. E você não desiste até alcançá-lo. Não cansa não? acreditar na vida assim, procurar tanto por um amor, quando o mundo lá fora grita que não há mais espaço para finais felizes, muito menos para "felizes para sempre"? Onde já se viu sonhar com amores eternos num mundo tão fugaz? Contos de fadas não existem mais, menina. Todas essas loucuras com que você sonha, as cenas de filme, os pores de sol, as declarações inesperadas, o amor maior do que tudo, tudo isso talvez seja coisa de outro mundo. Me perturba vê-la aqui parada nessa estação a espera do trem que te levará a esse outro mundo. E se ele não mais existir? E se uma onda gigante destruiu o que restara dele? E se todas as pontes que permitiam o acesso foram destruídas? E se? Existem tantos outros trens com tantos outros destinos diferentes, por que insistir nesse destino desconhecido? E se não chegar nunca? Eu sei, você vai dizer que não desiste até chegar lá. Mas em algum momento a espera deve machucar, não? Como naquela vez em que fostes arremessada de forma abrupta do trem que te levaria até lá. Te observei em silêncio, menina, e dessa vez achei que fosse o fim, que você não voltaria jamais a esse ponto de espera que poderia te levar novamente àquela dor incessante que sentias. Mas você voltou. Rasgou pedaços de papel, chorou, sumiu daqui por uns dias, se trancou em seu mundo, mas voltou. Quando eu menos esperei, te vi sorrir ao sentar em frente à plataforma. Lá estava você: cabeça erguida, malas prontas pra começar tudo de novo, esse amor pela vida exposto em cada poro do teu rosto. Você ressurgiu com esperança. De onde sai tudo isso, menina? Que chama de esperança é essa que não apaga nem com as chuvas e rajadas de vento que a vida lança sobre ti? E essas lágrimas que vez ou outra caem? não te ensinam nada? não te dão uma lição? Não, a resposta provavelmente é essa ou então algum daqueles clichês de gente lunática que falam sobre volta por cima e lágrimas serem parte da vida. Lembro daquele dia em que te vi chorar e você sorriu em meio as lágrimas quando me viu e disse baixinho: "Eu ainda acredito." Esse deve ser o teu grito de guerra, menina. Suspeito que no meio da tua angústia, você levanta e brada que ainda acredita. Admiro você. Admiro a sua coragem e sua entrega. Mas me diz, menina, mesmo assistindo de perto a todas essas chegadas e partidas dolorosas, você ainda acredita?


(Eu acredito até o fim.)

Nicole F.

Não cheguei aonde planejei ir. Cheguei, sem querer, aonde meu coração queria chegar...



"Não sabia que era precisamente esse fracasso que me
levaria ao lugar que desejava.
As correntes do rio profundo foram mais
generosas que o meu remar contra elas.
Não cheguei aonde planejei ir.
Cheguei, sem querer, aonde meu coração queria chegar,
sem que eu o soubesse."

Rubem Alves*

“Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.”



Fiquei magoado,não por me teres mentido,mas por não poder voltar a acreditar-te.
Nietzshe

Não é preciso ter razão para cantar.Canta-se para confundir o pão e os insetos, as mãos e os seios, os joelhos e ladeira da chuva. Canta-se ....Para se privar do invisível



Não é preciso ter razão para cantar.
Para dar ao corpo uma manhã mais tarde, uma noite mais úmida.
Para decorar a letra tremida da carne.
Canta-se como uma telha solta do telhado, para se confessar de alegria.
Canta-se para não dizer tudo o que resta a dizer.
Para não ser dito o que não cabe, para que sejam lidas as labaredas.
Canta-se para confundir o pão e os insetos, as mãos e os seios, os joelhos e ladeira da chuva. Canta-se para não dormir durante a leitura. Para roçar um vestido. Para se privar do invisível. Canta-se para não assentar o fundo, para retardar o caminho de regresso.
Canta-se para amar o que ainda nem nasceu, para interromper uma recordação triste.
Canta-se ainda que sem voz afinada, sem apetite.
Canta-se como uma poeira luminosa que sobe dos tapetes
e que só é vista na infância ou quando se canta.
Canta-se com o relógio de árvore. Com as ervas mastigadas pelas águas, pela extensão dos cabelos. Canta-se pelo silêncio crespo do vinho, pelo vitral que há no vinho.
Canta-se pelas pedras onduladas das lâmpadas, para se apoiar na velhice das escadas.
Canta-se para ultrapassar a mágoa, para não ter motivos.
Canta-se para embaralhar a confiança e a carícia, desobedecer o ventre, injuriar com um beijo. Canta-se para arrumar os ombros, ajeitar a gola, subir na grama.
Canta-se para alimentar o que não é letra. Para despedir-se do começo.
Canta-se para viver no mesmo dia dos lábios. Pela falta de equilíbrio dos segredos.
Canta-se para persistir quando era o momento de se apagar.
Canta-se para convencer o passado que ele ainda não imaginou o suficiente.
Canta-se para respirar mesmo sem ar. Para respirar debaixo de um corpo.

Para se privar do invisível - Carpinejar

Temos pouco tempo para nos entender, não entendo como sobra tempo para nos explicar.



A barba avança independente do que deixe para trás.
Eu tive várias vidas mas não terminei nenhuma delas.
O que sei serve apenas para me duvidar.
Temos pouco tempo para nos entender, não entendo como sobra tempo para nos explicar. Deveríamos dar ao amor a mesma religião do ódio. Quem odeia vai toda hora visitar um nome.
A primeira infância não é a primeira morte. Há datas que Deus nos paga a conta.
Deus não chega com a dor, Deus é quando falta ar para rir.
Escolher é desafiar a si mesmo a excluir justamente o que gostaríamos de dizer.
Escrevo como quem mexe na horta. As unhas não lavam as mãos.
A neblina é um rio que anda de barco. O mar sempre devolve o que não conseguiu engolir.
A terra tem mais estômago.
Sinto pena das árvores que são encontradas dias depois de sua morte.
Elas cheiram os frutos que não germinaram. Não isolo o que vivi do que imaginei ter vivido.
A poesia é a desistência de explicar. Eu dormi mais do que as palavras sonharam.
A chuva vem para lermos a casa.
Intimidade é conversar na mesa de café e apoiar o cotovelo em farelos de pão.

Anotações sem papel - Carpinejar

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ser Professor é...



"Os professores são heróis anônimos. Trabalham muito, ganham pouco.

Semeiam sonhos numa sociedade que perdeu a capacidade de sonhar"

(Augusto Cury)

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “PERDOAR”.




A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que, de alguma forma, me ofenderam, me machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária.



Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me entristeceu, me abandonou, me humilhou, me amedrontou ou me iludiu.



Perdôo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, sentir inadequada.



Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e seu mau humor.



Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.



Agora, me sinto livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e a minha luz.



Iniciei, agora, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga, que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida - não só a nossa, mas de todo o planeta.



Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas idéias de unidade, de paz e de amor.



Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas queixas desnecessárias, que me seguram nesta freqüência, de onde já consegui sair.



Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrarei que elas todas já estão perdoadas.



Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia.



Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver hoje.



Quando eu tornar a lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras.



Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.





*****************Fazer uma pausa e respirar profundamente por algumas vezes para acumular energia************************





Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, magoei, prejudiquei ou fiz sofrer.



Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom, são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor.



Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, respiro profundamente.......... prendo o ar............ e me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.



* * *



Ao relaxar, minhas sensações revelam que este contato foi estabelecido.



* * *



Agora, dirijo uma mensagem de fé, ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor. ( ...citar o projeto... ) e que será, com certeza, para o bem maior de todos os envolvidos.



Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.



Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto-realização.



Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.



ASSIM SEJA E ASSIM SERÁ.

ORAÇÃO KAHUNA DO PERDÃO

Beber é algo emocional. É uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer.

Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas."
.
.
.(Charles Bukowski

Estou cansada de ser só a promessa, a vertigem e a decepção.



"Estou cansada dessa promoção de mim. Cansei de me entregar tanto e nunca me entregar por completo, de ser só a promessa, a vertigem e a decepção. E então esse cansaço que não sei se é dos outros ou de mim mesma."


(Verônica H.)

Às vezes eu encontro cacos de vida que foram meus, que foram vivos. Examino-os atentamente tentando lembrar de que resto faziam parte.



"A vida se retrata no tempo formando um vitral de desenho sempre incompleto, de cores variadas, brilhantes, quando passa o sol. Pedradas ao acaso acontece de partir pedaços ficando buracos irreversíveis. Os cacos se perdem por aí. Às vezes eu encontro cacos de vida que foram meus, que foram vivos. Examino-os atentamente tentando lembrar de que resto faziam parte. Já achei caco pequeno e amarelinho que ressuscitou de mentira um velho amigo. Achei outro pontudo e azul, que trouxe em nuvens um beijo antigo. Houve um caco vermelho que muito me fez chorar, sem que eu lembrasse de onde me pertencera". (Maria Antônia)

Costura! Reune os retalhos... Parte por parte... Deixa a linha da vida traçar o desenho...



Vontade de passar o tempo costurando nuvens... Com a linha do horizonte vermelho-poente para arrematar minha tarde. Atividade inútil. Romantismo de quem não sabe mais como esticar a alma... Ah, não sou muito adepta de atividades físicas. E estou exausta... Porque sempre dei tudo de mim. Ah, então não se queixe! Esse abismo é obra de tuas mãos! Ou será porque agora eu já não sei o que fazer com elas?! Costura! Reune os retalhos... Parte por parte... Deixa a linha da vida traçar o desenho... E, mais uma vez, eu sei, vou dar tudo de mim. Supura... Que o tempo cura a ferida. Colágeno... Costura. Criança que cai da bicicleta mas, não perde nunca a coragem e o desejo de pedal-ar.... Máquina de costura a pedal... Vida que se vai tecendo, ao vestir sonhos e despir os medos. Ah, minha linha da vida vai dourar de estrelas... E esse pano de fundo negro... Vai se tornar o tecido ideal: Céu visto... Em noite estrelada."
.
.
(Cecília Braga)

Ao completar trinta anos, você ganhará os olhos duros dos sobreviventes...

Ao completar trinta anos, você ganhará os olhos duros dos sobreviventes. Só verá sua amada na parte da manhã e da noite, só encontrará seus pais de vinte em vinte dias. E quando seus velhos morrerem, você ganhará um dia de folga para soluçar e gritar que deveria ter ficado mais próximo deles. Sorria, você é um jovem monolito e a vida vai ser pedrada. O trabalho é uma grande cadeia e você sentirá muito alívio por ter uma. A cadeia engrandece o homem. E o sangue do dinheiro tem poder. Reze. Reze ajoelhado por uma carreira, dê a sua vida por ela. Viva como todo mundo vive, você não é melhor que ninguém. Porque o dinheiro move montanhas, o dinheiro é a igreja que lhe dará o céu. Sorria, você é um jovem monolito e o mundo é uma pedreira. Eles irão moer você todinho. De brinde, muitos domingos para chorar sua falta de tempo ou operar uma tendinite. Nas terríveis noites de domingo, beba. Beba para conseguir dormir e abraçar mais uma monstruosa segunda-feira. Aquela segunda-feira que deixa cacetes moles e xoxotas secas para sempre. A vida é uma grande seca, mas ninguém sente calor: Nas salas refrigeradas, seus colegas de trabalho fabricam informação e, frios, sonham com o dia dez do próximo mês. Você é o Babaca do Dia Dez, não há como mudar o seu próprio destino. Babaca que acorda assustado, porque ninguém deve atrasar mais de vinte e cinco minutos. Eles descontam em folha e você é refém da folha, do salário, do medo. Ninguém tem o direito de ser feliz, mas você ganhará a sua esmola de seis feriados por ano. E todos nós vamos enfrentar, juntos, um imenso engarrafamento até a praia. Para fingir que ainda estamos vivos. Para mostrar que ainda somos capazes de sentir prazer. Para tomar um porre de caipirinha sentado em uma cadeirinha de praia. É uma grande solução. E você ainda ganhará quinze dias de férias para consertar a persiana, pagar contas, fazer uma bateria de exames. Ninguém quer morrer do coração, ninguém quer viver de coração. Eu não duvido da sua capacidade de vencer: Lembre disso no primeiro divórcio, no primeiro infarto, no primeiro AVC.

- André Dahmer

VERDADE OU MENTIRA!!!???



Os tempos mudaram é verdade, mas a idéia de um casal (jovem ou velho), com compromisso sério ou nem tanto, ser displicente com aparência na intimidade, é muito triste. De modo geral, tanto homens como mulheres no início de seus relacionamentos,
costumam dar "aquela caprichada" no visual. Eles não poupam esforços para ficarem mais atraentes. Nessas horas vale tudo: roupas íntimas novinhas, depilação em dia, perfume, sabonete cheiroso; É o momento do investimento!

As mulheres não fogem a regra; até as que podemos definir como "mais desencanadas" querem no fundo sentir-se atraentes.
Batom, rímel, lingerie ousada, sapatos de salto, perfumes, qualquer coisa é útil quando se está interessada em alguém.
O gostoso disso é que somos todos iguais.Afinal, a preocupação com a estética faz parte do jogo da sedução. Com o tempo, à medida que aumenta a intimidade, a relação vai perdendo a cerimônia e diminui a preocupação do casal com a estética.

O difícil é entender que se isso faz parte da vida, para que tanta propaganda, métodos e produtos para melhorar a aparência?
Será que é só para dar conta dos "sem-compromisso"? Pouco provável. A intimidade que traz conforto para o espírito, sentimento de proteção e mais um monte de coisas boas para o relacionamento, pode também ser a grande vilã em muitos relacionamentos.
A maioria das mulheres quando deixa uma relação estável, precisa refazer sua gaveta de roupas íntimas; em geral, só tem peças gastas e sem charme. Com os homens é a mesma coisa.Será que é preciso esperar uma separação para que eles começam a dar importância para aparência, comprar roupas novas e entrar em dieta? Apesar de estranho, a intimidade faz os casais perderem o pudor, até que passam a ficar em casa de qualquer jeito. Aceitar que isso acontece passa a significar uma prova de amor, mas não é. De alguma forma, os casais se esquecem do que faziam antes para agradar o companheiro.

Esquecem dos banhos intermináveis, de escovar os dentes toda hora para ficar com o hálito fresquinho e de andar sempre cheiroso. Quem acha que pensar nisso é bobagem, pode acabar levando um grande susto. Com medo de ofender, nem sempre o parceiro fala o que pensa. Aí um dia, sem mais nem menos, recebe um comunicado: "Fui". Para quem acha que vale a pena mudar o final do filme, é bom estar sempre pronto para uma alteração de roteiro.

Para isso, seguem algumas dicas:

* Relação nenhuma sobrevive a bafo de onça, chulé, cecê e outras "coisitas" mais: A higiene pessoal tem que estar sempre em dia; Vale a pena gastar com sabonete, desodorante, pasta de dente e etc. Afinal, nesse roteiro, nada tem hora para acontecer.
* Roupas íntimas sempre em dia. Alças, calcinhas ou cuecas: largas, manchadas, encardidas, judiadas ou sem combinar devem ser jogadas no lixo. Só para lembrar, dizem as más línguas que os homens detestam lingerie bege.* Se trocar de roupa para ficar em casa: Não vista a mais velha, furada ou super larga! Coloque uma confortável, mas que lhe caia bem. Imagine que um ex ou uma ex-namorada pode a qualquer momento tocar a campainha. A última coisa que qualquer um ia querer ouvir é: "Nossa, ainda bem que não deu certo"

* Preserve a sua intimidade: Usar o banheiro os dois ao mesmo tempo só se for para tomar banho junto ou passar creme no corpo, para as outras coisas o melhor é fechar a porta.* Quem usa camiseta ou pijama para dormir cuidado, com o tempo o que era uma graça fica um terror: Mulheres com mais de 30 anos de pijama com motivo infantil ou homem com o pijamão xadrez não estão livres de receber um PT (Perda Total) do companheiro. Não precisa cair no sexy, as lojas estão cheias de pijamas confortáveis e modernos.

De resto, é sempre bom lembrar: Para que dure, uma relação precisa além do amor e respeito, de uma boa pitada de sal.
Use bem a intimidade e divirta-se!

A INTIMIDADE PRECISA SER BEM CUIDADA
Lícia Egger Moellwald

Tu e eu perdemos...tu eras o que eu mais amava...a ti, não te amarão como te amava eu!



Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu, porque tu eras o que eu mais amava
E tu, porque eu era o que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste muito mais que eu...
Porque eu poderei – quem sabe – amar outra como amava a ti
Mas a ti, com certeza, não te amarão como te amava eu!

De Ernesto Cardenal, poeta nicaraguense

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O TEMPO E O RELÓGIO



Certa vez, o tempo e o relógio se encontraram (embora estejam todo tempo juntos).
O tempo, revoltado há muito tempo, disse ao relógio tudo aquilo que, há tempos, vinha guardando.

Que ele, tempo, tinha saudades daqueles tempos em que não existiam relógios e todo mundo tinha tempo. Mas, quando o homem, ingrato, fabricou o relógio que começou a marcar tempo, ninguém mais conseguiu ter tempo. O homem ficou reduzido a horas, minutos e segundos.

"Antes, naqueles bons tempos" - disse o tempo - "todo homem tinha tempo de curtir a natureza. Viviam com o sol de dia, dormiam com a lua à noite".
"Quando a lua caprichosa não queria aparecer, era um bando de estrelas que piscavam brincalhonas, dando tempo para o sol nascer".

"Mas agora, nestes tempos, ninguém mais tem tempo de ver se a lua vem sorrindo para a direita ou para a esquerda, se está de cara cheia ou de mau humor, sem querer aparecer".
O tempo prosseguiu com um sorriso de tristeza.

"Antigamente - que tempos! - os homens nasciam no tempo certo em que tinham de nascer. Não havia incubadeira para os fora de tempo nem cesariana para os que passam do tempo. A natureza sabia, em tempo, quando era tempo. Hoje, o homem já obedece a você, mesmo antes de nascer. Os médicos estão apressados e sem tempo para perder".

O relógio só ouvia e, apressado, prosseguia no seu tic-tac sem tempo de retrucar, com medo de se atrasar.
"Noutros tempos" - disse o tempo - "o homem crescia sem pressa, com tempo de amadurar. Comia sem ter horário, dormia quando tinha sono. Fazia amor ao relento, como flores que se beijam, como aves que se aninham. Envelhecia aos pouquinhos, como um calmo entardecer. Depois, dormia o sono profundo e, no outro despertar, abraçava-me com carinho, no infinito...no infinito...".

O tempo enxugou uma lágrima, talvez de orvalho. A voz que estava embargada, tomou uma conotação de revolta:
"Hoje, vai logo para a escola e traz para casa um horário. Quando aprende a ler as horas ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe bem cedo a maneira mais correta de nunca ter tempo na vida".
O tempo não se preocupava mais com o tic-tac do relógio que nada retrucava para não se atrasar. Continuou a sofismar com voz mais branda.

"Come apressado, sem tempo. Dorme ainda sem sono, pois, de manhã bem cedinho, você começa a gritar arrancando-o da cama, quando ainda queria dormir".
"Amor? Nem sei se ainda faz... há gente que nem tem tempo. Quando faz é no zás-trás. Quando vê, já envelheceu, sem ver o tempo passar".
"Na hora do sono profundo, enterram-no apressados, para a vida continuar. E no outro despertar, chega tão abobalhado que não consegue me achar".

Ao relógio, sem poder nunca parar, só restava se calar. Além do sentimento de culpa que passou a carregar, a partir desse tempo, quando bate as doze badaladas no silêncio da meia-noite, o canto é tão melancólico que até parece chorar

(Desconheço a Autoria)

O amor não é um fenômeno único, é rico e é dolorido, é agonia e é êxtase



O amor é rico e é dolorido, é agonia e é êxtase - porque o amor é o encontro da terra e do céu, do conhecido e do desconhecido, do visível e do invisível.

O amor é a fronteira que divide matéria e consciência, o limite entre o menor e o maior.

O amor tem as suas raízes na terra, isto é, a sua dor, sua agonia. E o amor tem os seus ramos no céu; é o êxtase.

O amor não é um fenômeno único, é dual. É uma corda esticada entre duas polaridades.


Osho

Eu acredito...



Eu acredito no sol,
mesmo quando não ilumina. Eu acredito no amor, mesmo quando não o sinto. Eu acredito em Deus, mesmo quando permanece calado.

(escrito na parede de um sótão utilizado por Judeus, que se escondiam de nazistas)

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque....




O PARADOXO DE NOSSO TEMPO

O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; nós compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores;mais medicina, mas menos saúde. Temos
maiores rendimentos, mas menor padrão moral.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma irresponsável, rimos de
menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos
acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler
um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente pensamos...

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais,
amamos raramente e odiamos com muita frequência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.
Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida á extensão de nossos anos. Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fizemos
coisas maiores, mas não coisas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e
caráter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos. Estes são
tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra no lares; temos
mais lazer, mas menos diversão; maior variedade de tipos de comida, mas
menos nutrição.

São dias de duas fontes de renda, mas de mais divórcios; de residências mais
belas, mas lares quebrados.

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade também
descartável, ficadas de uma só noite, corpos acima do peso, e pílulas que
fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar.

É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a
tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer
alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del.

(Anônimo)

Frase que corre no mundo virtual...



"Ninguém é tão feio como na identidade, tão bonito como no orkut, tão feliz quanto no facebook, tão simpático como no twitter, tão ausente como no skype, tão ocupado como no MSN e nem tão romântico como no tumblr, e nem tão bom quanto no Curriculum Vitae”.