quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A diferença entre o amor real e o amor virtual!


Há bem poucos anos, sequer imaginávamos que um dia poderíamos nos apaixonar por alguém que estivesse “do outro lado de uma máquina”. Hoje em dia, no entanto, são poucos os que nunca sentiram sequer uma empolgação ou curiosidade, diferente de qualquer outra já experimentada antes!

E por se tratar de algo tão novo, a maioria das pessoas ainda tem uma enorme dificuldade de lidar com os sentimentos por vezes arrebatadores que são despertados enquanto teclam diante de uma tela de computador e que perduram por dias, meses, anos...

É amor de verdade ou é uma ilusão? Vale a pena investir ou tudo isso é uma loucura da modernidade? Penso que devemos começar esclarecendo que sentimentos são sempre relevantes e devem servir para, no mínimo, nos fazer crescer.

Portanto, seja por alguém que você nunca tocou, nunca sentiu o cheiro e com quem nunca passou sequer algumas horas, ou seja, por alguém que você vê todos os dias, conhece seus predicados e suas mazelas e já provou por todos os sentidos, amor é amor e sempre vale a pena!

Contudo, porém, no entanto... é preciso muita calma na hora de fazer escolhas e tomar decisões. A realidade e a virtualidade têm sim, e muitas, diferenças! E devem ser levadas em conta para que outros sentimentos, tão intensos e importantes como a paixão, tais como frustração, violência, decepção e até mesmo a fantasia e a ilusão sejam evitados ou minimizados – tanto quanto possível.

A vida é melhor quando vivida intensamente. Isso é fato! Mas é bem melhor também quando vivida a partir de um mínimo de autoconhecimento, consciência e coerência. De nada adianta se jogar numa paixão sem que exista – de verdade! – o mínimo de confiança e respeito. E isso significa que seja real ou virtual, uma relação tem de estar baseada na máxima: “aquilo que se diz tem de ser muito semelhante àquilo que se faz”!

Infelizmente, vemos muitas pessoas repetirem quase que insanamente oquanto amam, o quanto desejam, o quanto querem estar ao lado, realizar, viver e, por fim, não passam das palavras. As atitudes, que são o que realmente fazem o amor ser real, nunca acontecem! Daí, meu caro leitor, sinto em lhe dizer: tem alguma coisa muito errada nesse suposto amor!

Sentimentos só concretizam uma relação quando compartilhados. Você pode ter certeza absoluta de que encontrou o amor de sua vida e que ele mora no estado tal, no bairro tal, no número tal, mas se esse amor da sua vida nunca aparece diante de você, nada faz para cruzar as fronteiras do virtual e alcançar o mundo real, e não tem planos consistentes para essa realização, então o que você está vivendo é uma fantasia!

Pode até ser muito gostosa e dar a você a impressão de que sua vida só faz sentido por causa dela. Mas o fato é que não passará de algo vivido somente em seus pensamentos até que você possa vivenciar esse encontro com todos os sentidos que lhe são possíveis: tato, olfato, visão, paladar e audição são apenas alguns deles, porque o amor vai além, embora precise necessariamente passar por eles para que seja recíproco.

Enfim, o tênue limite entre um amor real e um amor virtual é construído pelas ações de quem o vive. E, de preferência, deve ser vivido por duas pessoas e não apenas uma. Caso contrário, o ideal é que a vida, o amor e os sentimentos sejam revistos e reescritos em sua história, a fim de que você possa desfrutar de um final mais feliz...

Rosana Braga

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