quinta-feira, 16 de junho de 2011

SOLETRANDO A SOLIDÃO


A dor que sinto não é de vazios
Dentro de mim,
vozes - ternuras
mãos - aquecidas
palavras - ecoantes
promessas – vidas

Dentro de mim,
um rio
uma pedra
uma trilha
uma rua
uma estrela
um apito
um trem
uma aldeia

A dor que sinto é de cheios
Dentro de mim... moradas
Carrego multidões alvoroçadas

A dor que sinto... não é de retalhos

Padeço de inteiros!

Ana Merij

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