quarta-feira, 6 de maio de 2009

.AMOR E LOUCURA


  • Tempos atrás, viviam duas crianças, um menino e uma menina, que tinham entre quatro e cinco anos de idade.
    O menino chamava-se Amor e a menina, Loucura.
    O Amor sempre foi uma criança calma, doce e compreensiva. Já a Loucura era muito emotiva, passional e impulsiva, entretanto, apesar de todas as diferenças,as crianças cresciam juntas, inseparáveis: brincando, brigando...
    Houve um dia, porém, em que o Amor não estava muito bem, e acabou cedendo às provocações de Loucura, com a qual teve uma discussão muito feia. Ela não deixava nada barato; estava furiosa como nunca com o Amor, e começou a agredi-lo, não só verbalmente, como de costume.
    A menina estava tão descontrolada que agrediu o garoto fisicamente e, antes que pudesse perceber, arrancou os olhos do Amor.
    O Amor, sem saber o que fazer, chorando, foi contar à sua mãe, a deusa Afrodite, o que havia ocorrido.
    Inconsolada, Afrodite implorou a Zeus que ajudasse seu filhoe que castigasse Loucura.
    Zeus, por sua vez, ordenou que chamassem a garotapara uma séria conversa.
    Ao ser interrogada, a menina respondeu, como se estivesse coma razão, que o Amor havia lhe aborrecido e que foi merecido tudo o que aconteceu.
    Embora soubesse que não fora justa com seu amigo,a menina - que nunca soube se desculpar - concluiu dizendo : que a culpa havia sido do Amor, e que não estava nem um pouco arrependida.
    Zeus, perplexo com a aparente frieza daquela criança,disse que nada poderia fazer para devolver a visão ao Amor,mas ordenou que Loucura estaria condenada a guiá-lo por toda a eternidade, estando sempre junto ao Amor em cada passo que este desse.
    E até hoje eles caminham juntos.
    Onde quer que o Amor esteja, com ele estará Loucura, quase que fundidos numa só essência, tão unidos que por vezes não se consegue definir onde termina o Amor e onde começa a Loucura.
    É também por isso que se costuma dizer que o Amor é cego.
    A verdade é que o Amor tem os olhos da Loucura .
    [ Autor desconhecido ]

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