segunda-feira, 13 de abril de 2009

Internet ajuda a divulgar autores anônimos

“Quantas vezes não nos apaixonamos platonicamente por alguém, seja na infância ou na vida adulta? É frustrante contar quantos amores eu já vivi nesse meu curto período de vida e a outra pessoa nem ao menos imaginava que eu existia”. Textos como esse, do jovem londrinense Gustavo Rugila são publicados frequentemente na internet em blogs e páginas pessoais. Assim como Rugila, quem nunca quis divulgar aos amigos e conhecidos seus desabafos, anseios e até devaneios? Com a internet, a exposição dessas produções é cada vez mais fácil e democrática. As publicações são encontradas em diversas páginas, sejam elas destinadas a relacionamentos entre pessoas ou a materiais autorais. Os autores têm mais liberdade de criação e não precisam de critérios literários para ter leitores. O engenheiro elétrico, Gustavo Rugila, de 22 anos, utiliza as facilidades da internet constantemente para publicar seus textos. Ele começou a escrever sobre temas que envolviam a rotina de estudante do ensino médio e não parou mais. Nesse ano, lançou um blog (www.baltom.com.br/liber) para divulgar seus textos, que ele considera como “desabafos” sobre a vida.Rugila conquistou acessos e comentários em seus textos. “Considero o fato de escrever uma terapia. Comecei quando estava em depressão e hoje escrevo sobre tudo. No blog trato sobre coisas do cotidiano e sei quando está legal pelos comentários daqueles que leram”, observa.“Não se pode perder o que nunca tivemos”, “Exageros diários”, “Engenharia da muamba” e “Fim do homem romântico” são alguns exemplos de textos publicados pelo engenheiro em seu blog. Com liberdade de criação, os textos transitam entre diversos tipos textuais: cartas e crônicas, por exemplo. Seus personagens são, normalmente, amigos e os fatos são aqueles que ele participou de alguma forma. O narrador conta sua história (primeira pessoa) e muitas vezes é também personagem que executa ações. “Acredito que essa liberdade de criação atrai mais leitores, porque se trata de algo geral, do gosto de todos”, opina o rapaz.Sem nenhuma pretensão de publicar seus textos em livros, Rugila acredita que o espaço da internet dá uma visualização interessante ao seu trabalho. “Tem muitas pessoas que são citadas em grandes jornais que não são escritores, mas que escrevem em blogs e isso as torna conhecidas. Tenho meu pé no chão quanto a uma publicação. Escrevo por gosto e acho que o fato de não ter compromisso, favorece a criação”, finaliza.Quem tem interesse em ter um espaço como o de Gustavo Rugila pode se cadastrar em páginas que tenham domínio para blogs. Existem muitas páginas gratuitas e que servem para armazenamento de textos e fotos. Basta se cadastrar e depois divulgar para os amigos.Fabiane Gaion / Máxima Comunicação


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