segunda-feira, 13 de abril de 2009

Apenas Te Amo

(J.B.Xavier)



Te amo...

Não com a impetuosidade das tempestades,
Ou a avassaladora devastação da juventude...

Te amo com a calma de um crepúsculo,
Com a suavidade de uma brisa,
Com a calma do deslizar do regato...

Te amo...

Não como o vulcão que se esvai em sua própria força,
Não como o embate de corpos ardentes,
Mas como a comunhão de almas silenciosas,

Como o carinho de um silêncio,
Com a placidez de um olhar pousado no horizonte...

Te amo...

Não como o ar que preciso para viver,
Não como necessidade da pressa de tua presença...

Te amo como esperança da ausência consentida,
Como o espelho do lago à espera de brincar com a brisa,
Como o olhar sereno que já não cobra, apenas se confessa...

Te amo...

Não com agonia da posse,
Não com a condição de suprimir teus sonhos,
Mas com a alegria te ver sonhando,

Como o sossego de um prado verdejante,
Como a quietude de uma oração...

Te amo...

Não com a fúria de imaginados ciúmes...
Não com a urgência de te possuir a alma,
Mas com o regozijo que flui da serenidade,
Com a placidez do espírito apaziguado,
Com a alegria de caminhar contigo até o fim da eternidade...

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